Ao comentar a decisão da Justiça brasileira em tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete em réus por tentativa de golpe de Estado, o presidente Lula afirmou que é visível que o adversário tentou dar um golpe no país, diante de todas as provas apresentadas e que tentou contribuir para o assassinato de autoridades, como o próprio presidente; o seu vice, Geraldo Alckmin; e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A declaração de Lula foi dada em entrevista coletiva no Japão, após finalizar sua viagem oficial ao país asiático.
O presidente acrescentou que não adianta Bolsonaro adotar o discurso de perseguição política, porque ele sabe o que fez e o que cometeu e, ao ficar defendendo anistia antes do julgamento, passa a mensagem de que é culpado. “Ele deveria provar a inocência dele, porque ele não precisava pedir anistia. Prova que é inocente e vai ficar livre e acabou.”
Lula não quis entrar no mérito da decisão da Primeira Turma do STF, mas afirmou que a justiça seja feita e, que, se for provado nos autos do processo que Bolsonaro é inocente, que seja inocentado, mas que se for culpado, que seja punido.
“Eu, inclusive, defendo que ele tenha a presunção de inocência que eu não tive. Quando ele fala: ‘querem me proibir de disputar a eleição’, é importante lembrar que eu fui proibido de disputar as eleições em 2018. É importante ele lembrar. Então, eu só espero que se faça justiça.”
O presidente finalizou ressaltando que, o que está em julgamento é uma tentativa de golpe de Estado e que, se Bolsonaro for condenado que aceite a punição. “Isso vale para todos os 213 milhões de habitantes. Então, ao invés de chorar, caia na realidade e saiba que você cometeu um atentado contra a soberania desse país.”
Com informações do Planalto