Loucura ou personagem?
O megaempresário Donald Trump chegou ao segundo mandato na presidência dos Estados Unidos com sangue nos olhos, ódio no coração e desejo de vingança. Seu discurso é de retomar um protagonismo comercial e econômico americanos, ameaçados pela globalização e, reposicionar o país como o mais poderoso do mundo. Suas ações, falas e decisões se assemelham aos arroubos de um ditador imperialista, mas Trump não está preocupado com as consequências que suas medidas, como o tarifaço ou o Dia da Liberdade Nacional, vão causar ao resto do planeta, que acompanha perplexo os seus movimentos e canetadas num curto espaço de menos de três meses.
Ousadia ou imperialista?
De tempos em tempos o mundo produz figuras públicas que causam impacto mundial com um comportamento nada ortodoxo e que afeta toda a coletividade. A história está aí para contar. E Donald Trump, neste segundo mandato presidencial, já está escrevendo a sua participação na história mundial que, ainda não sabemos como será contada: um ditador de direita que defende a supremacia americana ou um louco que usou da ousadia para sair da caixinha e ser o responsável pela retomada do sonho americano e a reindustrialização do país, reposiconando-o como uma nação imperialista. Para o analista de relações internacionais e professor da Universidade da China, Marcus Vinícius de Freitas, ainda é cedo para qualquer análise mais crítica ou severa ou decretar o fim de qualquer era.
Preocupação mundial
Mas o fato é que Trump conseguiu tirar as principais nações da zona de conforto e imprimir um nervosismo frenético e neurótico na ordem pública mundial. E ele deve saber o que está fazendo. No entanto, analistas mais críticos e céticos garantem que o presidente americano, com seus arroubos de grandeza, vai levar os Estados Unidos, a economia e a sociedade americana para o buraco e que, ao fim de tudo, pode ser ele a levar o país à ruína com estas medidas econômicas de superproteger a economia local em detrimento da economia mundial. Os países estão apreensivos e para a China, defendem alguns, pode ser a oportunidade ouro para se contrapor ao poderio do Tio Sam.
Provérbios 16:18
Essa passagem bíblica é bem enfática, esclarecedora e messiânica: “A soberba procede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda”. Trump não está preocupado com a opinião planetária sobre seu modus operandis e nem como os países da Europa à Oceania e, em seu próprio quintal, a América, está reagindo às suas medidas econômicas diárias. Ele tem um propósito e, como mais empresário do que político que é, vai usar o seu poder concedido pelos americanos para manobrar o planeta à sua maneira. Temos que acompanhar os próximos 4 anos, se ele vai sustentar todo este cenário bélico que está criando no mundo.
Outsider
O influenciador digital Felipe Neto surpreendeu seus seguidores, fãs e o meio político ao anunciar sua pré-candidatura a presidente da República nas eleições de 2026. Aos 37 anos de idade, o youtuber afirmou estar preparado para este passo importante de sua trajetória de vida e que, tem como trunfo, a tecnologia moderna das redes sociais. Para interagir mais, saber o pensa e o que quer a população brasileira, seus sonhos e anseios, ele anunciou, ainda, a criação de uma nova plataforma social, a “Nova Fala”, que vai ser uma espécie de laboratório e de onde poderá sair os principais pontos de um eventual plano de governo. Ele ainda não disse, no entanto, por qual partido político deverá disputar o pleito.
Recuo
Não tem um mês que o cantor sertanejo Gusttavo Lima anunciou que havia desistido de seu projeto político de se lançar candidato a presidente da República. O artista deixou em aberto que pode retomar o desejo de entrar numa carreira política em outro momento. Ele ensaiou se filiar ao partido União Brasil, mas também desistiu. Outros nomes de fora do meio também alimentam este desejo, a exemplo de Pablo Marçal, que chegou a lançar seu nome em 2022, mas teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. Até agosto de 2026, quando as candidaturas serão confirmadas em convenções partidárias, muita coisa ainda vai acontecer e, muitos nomes ainda vão aparecer.
Balanço
Enquanto isso, o único nome que pode-se afirmar que é pré-candidato à presidência (até segunda ordem) é o do atual gestor, Lula da Silva. E para reforçar na mente coletiva de que ele está no páreo, o Planalto realizou ontem (3) um megaevento, com o lema: “O Brasil dando a volta por cima”, para celebrar os 2 anos de governo, os seus feitos e realizações e as medidas tomadas para recuperar o crescimento do país. A iniciativa tem várias vertentes e, a principal delas é minimizar a queda de popularidade do presidente e o aumento da insatisfação popular. A solenidade reuniu toda a cúpula do governo, além de parlamentares, autoridades e representantes da sociedade civil.
Essa semana não deu
A pressão da oposição para votar o projeto de lei da anistia no plenário da Câmara dos Deputados pode não ter surtido efeito esta semana, mas o grupo promete retomar a cobrança com mais vigor na próxima semana, nem que para isso prejudiquem o andamento dos trabalhos legislativos e a discussão e votação de matérias importantes para a população. Na berlinda, o presidente da casa, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), que tenta contornar com a autoridade que lhe foi conferida essa crise interna no início da sua gestão. Vamos acompanhar os próximos capítulos.
