Dia e hora
Está agendado para o dia 5 de junho próximo a convenção nacional do PSDB em que deve ser selada a fusão com o Podemos e, dessa incorporação nascer uma ideologia política que está sendo chamada pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) como Centro Democrático. A união entre os dois partidos é a solução encontrada internamente, em ambas as partes, para se manterem no páreo da sobrevivência política, com fundo partidário suficiente para a disputa e eleitoral e uma bancada no Congresso Nacional que tenha mais autoridade no Parlamento.
Reorganização
O PSDB é um dos últimos partidos políticos históricos do país que se mantinha firme em sua trajetória e essência. Mas o advento de novas legendas partidárias obrigou que a sigla, com 37 anos de fundação, se readequasse à nova realidade onde partidos genéricos e de histórias múltiplas têm adotado a estratégia, a cada período eleitoral, de se unirem, seja por fusão, incorporação, federação, extinção dando lugar à novas siglas e frentes, mas com ideologias arraigadas.
Camaleão
Diferente do PSDB, o Podemos não tem nem uma década em que teve a sua nomenclatura renomeada. Até 2016, se chamava Partido Trabalhista Nacional (PTN), mas decidiu mudar para Podemos para dar um ar de modernidade e poder agregar mais simpatizantes e filiados. Seis anos depois, em 2022, incorporou em suas fileiras o extinto PSC. Agora, três anos depois, deve se incorporar ao PSDB, mas ainda não se sabe como essa nova fusão irá se chamar.
Otimista
Um dos medalhões do PSDB, Aécio Neves está “ansioso” por este resgate do PSDB e já conta os dias e as horas para o grande evento em que deve ser formalizada essa parceria. Em suas palavras, o país vai ganhar uma nova força política que garanta a responsabilidade fiscal, justiça social e coragem para romper a polarização que paralisa o Brasil. O próximo passo deste novo partido é trabalhar em torno de uma candidatura presidencial alternativa ao lulismo e ao bolsonarismo.
Fortalecimento
Em nota oficial, a presidente nacional do Podemos, a deputada federal Renata Abreu comemora o avanço das negociações entre os dois partidos, que traz fortalecimento e compromisso na construção dessa convergência política. “Acreditamos que a soma de forças entre nossas siglas representa, não apenas o crescimento de nossas estruturas, mas, principalmente, a união de propósitos e valores que colocam o interesse público acima de disputas ideológicas e extremismos.”
Investigação
A oposição no Congresso Nacional criou uma nova frente política com o coro de se instalar uma CPI mista para investigar as fraudes no INSS e a demissão do recém-nomeado ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. O grupo conseguiu 211 assinaturas tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado e deve formalizar o pedido de CPI nesta terça-feira (6). A iniciativa de uma investigação mais ampla é das parlamentares, a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Comissão Especial
Quase 50 dias depois de o presidente Lula enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil, o debate deve começar a avançar na Câmara dos Deputados com a instalação de uma comissão especial, prevista para esta terça-feira (6). O colegiado será presidido pelo deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e terá como relator, o ex-presidente da casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL). A matéria é uma prioridade para o Palácio do Planalto e também da Câmara, segundo palavras do presidente da casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), em post nas suas redes sociais.
Novo debate
A CCJ do Senado discute amanhã (7) a PEC que extingue a reeleição no país para cargos executivos. A proposta é de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que defende o fim da prática e um mandato fixo de 5 anos para presidentes, governadores e prefeitos, a partir das eleições de 2030. A matéria tem como relator o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que analisa ainda a revisão do código eleitoral para unificar toda a legislação vigente numa única lei. O assunto é espinhoso e não tem consenso no Senado.
Conclave
A escolha do novo líder da Igreja Católica para suceder o Papa Francisco começa amanhã (7), no Vaticano, e já está movimentando todo o Planeta. Os cardeais eleitores já estão em solo italiano para a reunião, que promete ser histórica, desafiadora e com uma responsabilidade abissal de se escolher o novo Papa após um legado inquestionável de Mário Jorge Bergoglio à frente do pontificado. Muitos “papáveis” estão sendo cotados e um deles é do Brasil: o cardeal de Manaus, Dom Leonardo Steiner, representando a Amazônia, o meio ambiente e a sustentabilidade. Será?! Seria um grande acontecimento para o país.
