Telefonema
Faltando dois dias para que a mega tarifa de 50% imposta pelo governo americano às exportações dos produtos brasileiros àquele país comece a vigorar, aumenta a pressão no entorno do presidente Lula para que ele ligue para o presidente Donald Trump e negocie. Lula tem dito que está aberto a negociar, mas segundo o Planalto, o governo brasileiro tem encontrado resistências do governo americano.
Aceno
Lula espera acenos de Washington para que seja aberta uma negociação formal e, dali um acordo bilateral. Mas ao que tudo indica, Trump também está na mesma pegada: aguardando a ligação do presidente brasileiro. É como se fosse um cabo de guerra pra ver quem abandona a corda primeiro. No entanto, no meio desse jogo político-econômico há um país que será prejudicado em sua autonomia comercial e financeira.
Apelo
Lula tem resistido a tomar a iniciativa, segundo apurado pela Coluna, para não sofrer uma negativa de Trump e não passar pelo vexame de não ser atendido. Ora, o não, o país já tem. O presidente brasileiro tem dito que quer negociar sem subserviência. À CNN, o advogado Brian Ballard, que é aliado do presidente americano, recomendou que o Brasil ligue diretamente para o Trump para negociar o tarifaço.
Reuniões
Em Washington, a comitiva de senadores brasileiros tem realizado algumas reuniões na tentativa de reforçar a diplomacia parlamentar e sensibilizar as autoridades americanas sobre a sanção do governo Trump ao Brasil. Em conversa com a Coluna, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) confirmou que o grupo manteve conversas com parlamentares americanos. Ao ser perguntado se o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participou dessas tratativas, o senador foi enfático: “nem fizemos contato”.
Ele foi
Como havia divulgado à imprensa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou da motociata, realizada ontem (29) à tarde nas principais ruas de Brasília, tendo como ápice o eixo monumental que leva à Praça dos Três Poderes. Demonstrando prestígio e importância entre seus aliados, Bolsonaro acompanhou o ato em cima de um trio elétrico na companhia da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Extradição
O Ministério da Justiça e Segurança Pública prepara o processo de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que estava foragida na Itália há quase dois meses e foi presa ontem (29) pela polícia de Roma. A parlamentar fugiu para a Europa em maio, após ser condenada há mais de 10 anos de prisão no STF por ter invadido os sistemas digitais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a ajuda de um hacker. Ela também deve perder o mandato.
Na mira
Outro deputado do PL que está em vias de perder o mandato e na iminência de ser preso é Eduardo Bolsonaro. Nos Estados Unidos desde o início do ano para onde “imigrou” com o discurso de que foi atrás de sanções para as autoridades brasileiras por conta dos processos que ele e sua família estão sendo alvos na Justiça brasileira, o parlamentar é apontado como “traidor” pelos adversários por estar articulando medidas com o governo americano que prejudicam a soberania do Brasil.
Exemplo
Diante de tudo o que está acontecendo, com ações e declarações públicas de Eduardo Bolsonaro direto dos Estados Unidos que prejudicam o Brasil, seu país natal e o que lhe conferiu um mandato parlamentar, a Câmara dos Deputados precisa, urgente, tomar uma atitude enérgica, correta e séria, sob pena de perder a credibilidade, o respeito e a importância no contexto político e social do país. Se não der exemplo, podem fechar a câmara baixa. Hugo Motta, o espaço está aberto.
Fim das autoescolas
Projeto do Ministério dos Transportes, que deve ser apresentado ao presidente Lula, defende o fim da obrigatoriedade da autoescola para emissão da CNH. Conforme apurado pela Coluna, falta apenas o aval do presidente. Mas ainda não está claro como vai funcionar, na prática, o ensino prático e teórico da legislação de trânsito para novos condutores.
