Mais de 100 jovens das regiões administrativas de Ceilândia, Estrutural e Itapoã participarão de uma audiência pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta sexta-feira (7), das 18h30 às 21h30, no plenário da Casa. O encontro marca o encerramento do projeto Grito das Periferias: pelo direito à cidade e à cultura e orçamento público como ferramenta de garantia de direitos, realizado ao longo de 2025 pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus).
A audiência será conduzida pelos deputados Fábio Félix e Max Maciel, ambos do Psol, e contará com o protagonismo dos adolescentes e jovens formados pelo projeto, que apresentarão propostas elaboradas a partir das realidades de seus territórios. O evento também terá a participação de adolescentes do projeto Onda: Adolescentes em Movimento pelos Direitos, que atuam com incidência política e representatividade em políticas públicas.
Durante o ano, os participantes do Grito das Periferias participaram de formações em temas como direitos humanos, raça, gênero, interseccionalidade, orçamento público e direito à cidade e à cultura. A partir desse processo, cada grupo regional desenvolveu um plano de incidência política com demandas prioritárias que serão apresentadas aos gestores públicos durante a audiência.
“O Grito das Periferias é uma oportunidade concreta de formação política e de fortalecimento das adolescências e juventudes periféricas. Os jovens compreenderam como o orçamento público e as políticas públicas impactam diretamente suas vidas e, com isso, estão mais preparados para reivindicar mudanças estruturais em seus territórios”, afirma Thallita Oliveira, assessora política do Inesc.
Foram convidadas para o diálogo as secretarias de Justiça e Cidadania, Saúde, Educação, Desenvolvimento Social, Cultura e Economia Criativa e Planejamento e Orçamento, além de representantes do Inesc, que apresentarão dados sobre a destinação orçamentária nas regiões envolvidas.
As propostas dos jovens refletem as urgências de cada território:
Ceilândia: ampliação e qualificação das políticas públicas de acolhimento a pessoas em situação de rua, com enfoque em raça, gênero e juventudes;
Estrutural: criação de linhas específicas nas políticas públicas voltadas para adolescentes e jovens LGBTQIAPN+;
Itapoã: ampliação dos serviços públicos de saúde na região Leste do DF.
“Ver adolescentes e jovens das periferias ocupando a Câmara Legislativa com propostas concretas e legítimas é um passo importante para uma democracia mais participativa e representativa. É o reconhecimento de que as soluções para as desigualdades também nascem das periferias”, conclui Thallita Oliveira, do Inesc.
Com informações da assessoria de imprensa

