Babel
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou dez dias preso em Brasília. Longe dos holofotes e das redes sociais há alguns meses, ele começou a ver desmoronar o legado que começou a construir nas eleições de 2018 e que teve o ápice durante seu mandato de 4 anos. A prisão, que antes parecia algo muito distante, chegou como um tsunami nos interesses políticos do clã Bolsonaro e escancarou a falta de liderança política que os “herdeiros” possuem.
Tensão política
Não é de hoje que pesquisas internas e externas e sondagens eleitorais testam o nome de Michelle Bolsonaro nas urnas, seja para um eventual cargo de senadora ou mesmo aspirante à presidência. Mas, entre querer e poder o caminho é longo e esbarra em interesses muito particulares e peculiares. Na briga pelo espólio político de Jair Bolsonaro, mulher e filhos destoam da unicidade que pregavam nas aparências.
Desautorizada
Sem liderança e escancarando falta de traquejo político, a família Bolsonaro tenta manter a colcha de retalhos sem muito remendo. Mas, na prática tá difícil e o episódio envolvendo o apoio do PL no Ceará ao ex-governador Ciro Gomes, do PSDB, é um exemplo claro que faltou combinar o discurso internamente. Michelle se antecipou ou os filhos do marido estão com má vontade com a madrasta?
Ainda tem mais
O banqueiro Daniel Vorcaro, do banco Master, foi solto no final de semana por ordem da Justiça Federal, mas o escândalo envolvendo a entidade bancária está longe do fim e, com certeza, é a apenas a ponta do iceberg de toda uma rede de corrupção, tráfico de influência e rápido enriquecimento, envolvendo, inclusive, atores políticos.
Negócios
No escândalo do Master veio à tona diversos aportes feitos por empresas públicas e municipais de Previdência de várias partes do país. Um deles é o da Amazonprev, do governo do Amazonas, que aportou R$ 50 milhões em letras financeiras do banco. O que mais chama a atenção nesse caso é que alguns dos atores políticos envolvidos com o Banco Master são oriundos de partidos políticos que integram o centrão no Congresso Nacional.
Explicações
Em nota, o governo do Amazonas justificou que as aplicações correspondem a menos de 0,5% do total de aplicações da instituição e que a instituição regional de Previdência obteve um lucro de mais de R$ 1,1 bilhão. O governo rechaçou quaisquer risco aos pagamentos de aposentados e pensionistas.
De saída
O senador Paulo Paim (PT-RS) decidiu deixar a vida pública e formalizou sua aposentadoria em discurso, no plenário do Senado, ontem (1º). Ele afirmou que não vai disputar a reeleição do mandato nas eleições do próximo ano, após 23 anos que chegou àquele Parlamento, no pleito de 2002. Antes, ele chegou a ser deputado federal entre 1987 e 2003.
