Longe do fim
Um dos órgãos públicos mais atacados com fraudes, roubos, desvios e toda sorte de corrupção, o INSS está no alvo da Polícia Federal, que cumpre nesta quinta-feira (13), mais uma fase da Operação Sem Desconto, com prisões e mandados de busca e apreensão. Em outra frente, o Congresso Nacional realiza uma investigação criteriosa sobre o desvio bilionários de dinheiro dos aposentados e pensionistas beneficiários da instituição.
Novelo
Se desenrolar com empenho, chega-se aos mentores e líderes de uma organização criminosa que se instalou dentro da instituição previdenciária e, que, há anos atua no desvio de recursos públicos federais, com ajuda de lobistas e, segundo investigações, com servidores do próprio INSS, que facilitam a ação de golpistas.
Muito a explicar
Exonerado em abril da direção do INSS, no meio da primeira fase da operação policial, o ex-diretor, Alessandro Stefanutto, é um dos presos na ofensiva de hoje da PF. Stefanutto chegou a depor na CPMI do INSS, mas amparado por um habeas corpus emitido pelo STF. Além dele, o ex-ministro da Previdência no governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira, também foi um dos alvos da ação da PF.
Ação
A operação federal desta quinta foi determinado pelo STF e Polícia Federal e auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem, em 14 estados mais o Distrito Federal, 63 mandados de busca e apreensão, dez mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas.
Negócios escusos
O advogado Eric Douglas Martins Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis é o depoente desta quinta-feira (13) na CPMI do INSS. Por meio de seu escritório de advocacia, Eric Fidelis manteve relações diretas com entidades ligadas ao INSS, tendo recebido cerca de R$ 5,1 milhões de intermediários do esquema que lesou aposentados e pensionistas. Além disso, entre 2023 e 2024, o advogado movimentou valores superiores a R$ 10,4 milhões.
Atrasada
A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que era para ter acontecido no final do primeiro semestre, deve acontecer somente no dia 3 de dezembro, segundo projeção do presidente do Congresso Nacional, o senador Davi Alcolumbre (União-AP). Em seguida, o plenário deve votar a Lei Orçamentária Anual (LOA 2026) no dia 17 do mesmo mês. Se tudo correr como o planejado, os nobres parlamentares vão encerrar o ano legislativo no prazo definido.
Nova mudança
O deputado federal Derrite (PP-SP) apresentou um quarto parecer ao projeto de lei do governo federal que cria um marco legal no combate às facções criminosas. Após críticas, desgastes, alterações, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, que está licenciado do cargo, teve que modificar seu texto. Agora, a previsão dada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é que essa votação em plenário aconteça na próxima terça-feira (18).
Crime ambiental
Estudo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revela que o mercúrio usado em garimpos ilegais da Amazônia chega ao Brasil, na forma de contrabando, principalmente pelas fronteiras com a Bolívia e a Guiana. Em Roraima, o mercúrio da Guiana entra pelo município de Bonfim e abastece garimpos nas Terras Indígenas Yanomami e Raposa Serra do Sol. Já o mercúrio que vem da Bolívia vai para Rondônia e Mato Grosso, chegando a balsas no rio Madeira e áreas de mineração como a Terra Indígena Sararé.

