Diplomacia
No dia em que completou dois meses que passou a vigorar a supertarifa dos Estados Unidos às exportações brasileiras àquele país, um emblemático passo para uma negociação amistosa foi dado: a videoconferência feita ontem (6) entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Lula (Brasil). A conversa virtual acontece duas semanas após o primeiro contato físico entre os dois dirigentes, na Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.
Afagos
A conversa durou 30 minutos, o suficiente para Trump reforçar a boa impressão que já imprimiu a respeito de Lula e alinhar um encontro real entre os dois, que deve acontecer ainda este ano. “Vamos começar a fazer negócios (…). Ele é um homem bom”, disse o presidente americano a jornalistas na Casa Branca.
Muy amigos
O caminho está traçado e, diante das gentilezas trocadas entre os dois presidentes, uma negociação amistosa em torno das tarifas americanas já é vista como certa. Representantes de ambos os governos irão cuidar dessa parte técnica, enquanto Lula e Trump devem estreitar ainda mais a relação. Ainda mais após a troca dos respectivos números de telefone pessoais entre ambos.
Silêncio
No bolsonarismo, a iniciativa de Trump em procurar o presidente brasileiro para negociar e as declarações públicas do americano favoráveis a Lula, acendeu um alerta. O grupo político tem minimizado essa aproximação política e diplomática e aposta no rigor do secretário de Estado, Marco Rubio, para que Trump não se renda à “química” que disse ter tido com Lula.
Estratégia
Mas, não sejamos ingênuos, Trump e Lula não começaram ontem na política e a estratégia amistosa que decidiram adotar vai muito além da boa impressão que um causou a outro. Está na mesa de negociação os interesses comerciais de ambos os países e é isso que vão prevalecer ao final. Esse encontro, que deve acontecer num intervalo de pouco mais de 30 dias, será para selar essa nova parceria que começou a se desenhar mês passado (ou não).
Painel
O Tribunal de Contas da União (TCU) realiza amanhã (8) um debate sobre a devolução de trechos da ferrovia Transnordestina Logística, um dos pontos centrais das controvérsias que envolve essa modalidade viária. O painel deve focar em torno dos aspectos econômicos, operacionais e jurídicos relacionados à indenização nestes trechos específicos. Essa rede de ferrovias é vital para o transporte de cargas e o desenvolvimento econômico, atravessando sete dos nove estados da região Nordeste.
