Moeda de troca
Finalmente os Estados Unidos revelaram o que desejam para flexibilizar a aplicação da mega tarifa de 50% às exportações brasileiras àquele país: os minerais estratégicos e as terras raras do Brasil. Jogaram alto e a sorte foi lançada esta semana, durante reunião entre o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar, e representantes do setor de mineração.
Barganha
Escobar esteve com o diretor- presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, e com o vice-presidente, Fernando Azevedo. Na pauta: a missão comercial de mineradoras que atuam no Brasil ao mercado americano e do interesse dos Estados Unidos em possíveis acordos com o setor mineral brasileiro, principalmente com relação aos minerais críticos e estratégicos, como o lítio e o nióbio, e ainda as terras raras do Brasil.
Decisão federal
Mas qualquer acordo ou negociação passa pelo Palácio do Planalto porque os minerais críticos e as terras raras são bens da União. Em nota, o Ibram endossou que vai levar o pleito americano às autoridades brasileiras para desdobramentos. Escobar sugeriu que uma comitiva do setor fosse aos Estados Unidos entre setembro e outubro para estreitarem essa negociação.
Primeiro passo
Coordenador do comitê criado para encontrar soluções para a mega tarifa de 50%, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, revelou ontem (24) que teve uma conversa longa e proveitosa com o Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick no último sábado (19). Ele não deu mais detalhes, mas informou que durante o diálogo colocou todos os pontos e destacando o interesse do Brasil na negociação. “Foi uma conversa de quase 50 minutos”, destacou Alckmin.
Soluções
A orientação do presidente Lula, segundo Alckmin, é negociar e evitar a contaminação política ou ideológica da situação para encontrar um caminho positivo para manter as relações comerciais saudáveis. A ordem é avançar numa agenda positiva. O próprio presidente disse, ontem (24), durante evento oficial em Minas Gerais, que está disposto a negociar com Donald Trump, mas ele precisa querer também.
Era verdade
A denúncia do plano secreto para matar autoridades na ação chamada de “Punhal Verde e Amarelo” era fato e foi confirmada, ontem (24), pelo general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria da Presidência do governo de Jair Bolsonaro (PL). A revelação foi feita durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). O militar afirmou que a ideia partiu dele.
Conspiração
O documento previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. O depoente ressaltou que decidiu materializar seu pensamento ao digitalizá-lo e chegou a imprimir o plano. Mas negou ter apresentado ou compartilhado o documento com alguém. Mario Fernandes é réu do núcleo 2 no processo que apura o plano de golpe.
Te cuida!
O Senado tem 70 pedidos de impeachment contra ministros do STF, cuja lista é liderada por Alexandre de Moraes, com 29. Em seguida, vem o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, com 19 pedidos de destituição do cargo. Em terceiro, aparece Gilmar Mendes, com 7; Dias Toffoli e Edson Fachin, com 4; Flávio Dino e Carmen Lúcia, com 3 e; Luiz Fux, com 2. Somente 3 não têm pedidos de impeachment: André Mendonça, Nunes Marques e Cristiano Zanin.