Recuo forçado
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deu uma freada em seu desejo oculto de se lançar candidato a presidente da República. Não por vontade própria, mas por espontânea pressão de seu grupo político, os acontecimentos envolvendo a condenação de Jair Bolsonaro (PL), o travamento da pauta da anistia e, não menos importante, os problemas que a gestão do estado mais populoso vem enfrentando sob a sua administração.
À deriva
Vamos aos casos: enquanto Tarcísio mantinha agendas políticas em Brasília, na articulação de um projeto de lei da anistia para que avançasse na Câmara dos Deputados, o estado se encontrava mergulhado numa crise na segurança pública, com a criminalidade e violência na periferia em altas e o protagonismo do crime organizado, que chegou a assassinar na “cara dura” um velho conhecido que militava contra a criminalidade, o ex-delegado-geral Ruy Ferraz.
Sem controle
Ainda enquanto estava preocupado em articular o bem-estar do chefe em Brasília, a famosa Faria Lima era alvo de uma operação que escancarou ligações nada ortodoxas com o submundo do crime organizado, além do dia a dia comum a um estado que concentra a maior população e o centro econômico e financeiro do país.
Contaminação
Agora, um novo problema com alcance nacional assombra São Paulo: a adulteração de bebidas alcoólicas por substância química do metanol, que já levou pessoas à morte, sequelas em outros e muitos casos sendo notificados diariamente. Um problema que não distingue pobres ou ricos, mas que deixa uma população inteira em alerta, além de comerciantes e empresários do setor de bebidas, bares, entretenimento apreensivos. É Tarcísio, você tem que recuar mesmo, não é hora de pensar somente em política.
Guardiã da democracia
No próximo domingo (5), a Constituição Federal completa 37 anos e para celebrar marco tão importante na democracia brasileira, o Supremo Tribunal Federal está realizando uma série de ações comemorativas em torno da data sob a gestão do ministro Edson Fachin, que ascendeu à presidência da corte esta semana.
Mensagem
No site oficial do STF, a corte máxima da Justiça brasileira publicou – por ocasião dos 37 anos da CF – que o Supremo tem um papel fundamental para o equilíbrio institucional entre os Poderes republicanos, a busca pela pacificação social e a garantia dos direitos individuais – pilares da Constituição Federal de 1988. “Quando algum dos eixos desse sistema é negligenciado, esquecido ou mal administrado, é ao Judiciário que a sociedade recorre em busca de solução.”

