O fantasma…
Os políticos negam o fisiologismo, mas a verdade é que não param de pensar, articular, criar estratégias, analisar cenários, além de intensificar as conversas nos almoços, jantares e encontros afins sobre o processo eleitoral do próximo ano. Com a proximidade do pleito, dormem, sonham e acordam com esse pensamento fixo.
…que assombra
E não é achismo da Coluna não. Os fatos, ou melhor, os discursos estão aí para provar. Se os projetos vão prosperar em 2026, somente o tempo e a condução dos acontecimentos cotidianos da política e as articulações de bastidores dirão. A verdade é que os partidos estão se capitalizando, à sua maneira, para chegar à disputa eleitoral do próximo ano fortes. Essa que promete ser de extremo acirramento.
‘Invencíveis’
E com esse propósito, mirando as eleições de 2026, particularmente a sucessão presidencial, o União Brasil e o Progressistas selaram a aliança política, por meio da Federação União Progressista, iniciada no primeiro semestre deste ano, em grande convenção realizada no dia de ontem (19). Um dos dirigentes da nova ordem política, o presidente do UB, Antonio de Rueda, afirmou em seu discurso que “nas eleições de 2026 seremos invencíveis”.
Força
Na solenidade, Rueda destacou a “aliança poderosa” que une União Brasil e o PP que, em sua palavras, estão prontos para liderar o país. E vão chegar com banca mesmo no processo eleitoral. Com essa união, a federação partidária se torna a maior bancada da Câmara, com 109 deputados; e do Senado, com 15 senadores, além de sete governadores e um fundo eleitoral e partidário que será robusto.
Alicerce
Ciro Nogueira, senador e um dos dirigentes da nova federação, ressaltou que a superaliança política nasceu para ser a “espinha dorsal” da democracia e que, ao término das eleições do próximo ano, sairão ainda mais fortes. Em seu discurso, ele voltou a criticar o PT e o presidente Lula, sem citá-lo nominalmente, e a forma de governar o país.
Adeus
E com essa força política nas mãos, o próximo passo da federação é retirar seus filiados do governo Lula, que hoje ocupam quatro ministérios: três são do UB e, um, do PP. E capitalizar uma pré-candidatura presidencial, que hoje responde pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), mas que ainda não é todo consenso internamente. E tanto não é que o governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, presidenciável do Republicanos e da ala bolsonarista, foi uma das figuras ilustres do evento político de ontem.
Prazo
Para o vice-presidente nacional do União, ACM Neto, o desembarque dos federados do governo Lula tem que acontecer ainda este ano e, isso deve ocorrer imediatamente após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologar a federação partidária. Segundo ele, essa decisão não pode ser ano que vem. A federação partidária conta com quatro ministros no Governo Lula: André Fufuca (Esportes), Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional).
Em tempo
O discurso político é realmente bastante peculiar. Uns gostam de radicais extremos, como o IN, já outros gostam de criar frases de efeito e de impacto. Ontem, Ciro Nogueira afirmou que o governo Lula prometeu o verão, mas ainda não conseguiu, sequer, chegar à primavera. “Brasília nunca será uma Caracas, o Brasil nunca será uma Venezuela.”
Extradição
O retorno da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que está presa em Roma desde o final de julho, para cumprir pena no Brasil se aproxima. Na semana passada, a Justiça italiana acatou argumentos da Advocacia-Geral da União (AGU) e manteve a prisão cautelar da parlamentar para fins de extradição, rejeitando o pedido de sua defesa, que queria converter a prisão para domiciliar.
Marco
No ano passado, o Brasil recebeu 6,8 milhões de turistas estrangeiros superando a Argentina e alcançando o 5º lugar entre os destinos das Américas que mais recebem visitantes de fora. Os dados são da ONU Turismo divulgado na última segunda-feira (18). O Ministério do Turismo comemora os números, que fortalecem o destino turístico brasileiro no continente americano e no mundo.
