Força política
Na próxima terça-feira, dia 29, dirigentes e filiados do União Brasil e do Partido Progressista (PP) vão selar a aliança de 4 anos com a Federação União Progressista com vistas ao fortalecimento político de ambas as siglas e de olho no protagonismo eleitoral em 2026. A solenidade para oficializar a superfederação acontecerá no Salão Nobre da Câmara dos Deputados encabeçada pelos presidentes de ambos os partidos: Antônio de Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP).
Superaliança
A união das duas legendas é vista no bastidor político como uma superaliança e uma frente ampla para as eleições gerais do próximo ano, além de se tornar a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 108 parlamentares e, a terceira maior do Senado, com 13 senadores. Com características de centro-direita, a federação planeja ganhar corpo, influência e poder político para ditar os rumos eleitorais de 2026. Com filiados simpáticos ao bolsonarismo e também ao lulismo, o novo colegiado terá que discutir muito para encontrar a sua identidade política.
Nem tudo são flores
Embora os dirigentes das duas legendas tenham batido o martelo pela aliança política, internamente – dos dois lados – há filiados insatisfeitos com esse movimento. O União Brasil tem trabalhado para se firmar entre os grandes partidos e com influência no poder de decisão, vide o importante cargo que ocupa hoje na figura do senador Davi Alcolumbre (AP), como presidente do Senado, além de estar em três ministérios do governo Lula. O PP, por sua vez, vem procurando se firmar como voz da oposição e reforçar o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aliança com o PL. Dentro de um ano, quando o cenário eleitoral começar a se definir, saberemos como a União Progressista vai agir.
Alternância
A Coluna apurou que a presidência da federação será alternada entre os atuais dirigentes e, que, nesta primeira fase caberá a Antônio de Rueda manter esse comando e também a harmonia entre as diferentes correntes de pensamento dos dois partidos. Além disso, ele terá que administrar a pré-candidatura presidencial do governador do Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que não se intimidou com essa aliança política, se antecipou e lançou seu nome à sucessão do presidente Lula. Do lado do PP, a aposta é em Jair Bolsonaro ou quem ele for apoiar. Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte até 20 de julho de 2026 quando iniciar as convenções partidárias.
Prisão
O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió e, segundo informações preliminares, está detido na sede da Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. Sua prisão foi determinada ontem (24) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no âmbito da ação penal em que é réu acusado de participar em esquema de corrupção na BR Distribuidora. Collor já havia sido condenado a quase 9 anos de prisão, mas havia recorrido da decisão. Com a rejeição do recurso pelo ministro, sua prisão foi decretada.
Sem prioridade
A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), chancelada pelos líderes da casa, em não pautar na próxima semana a votação do PL da Anistia deixou a oposição irritadíssima. O grupo, inclusive, anunciou que vai obstruir votações importantes no Parlamento, com a exceção de dois itens: a cassação do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) e a análise na CCJ da proposta em que pede a suspensão do processo penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O movimento de obstrução é encabeçado pelos líderes do PL e da oposição, os deputados Sóstenes Cavalcante (RJ) e Luciano Zucco (RS), respectivamente.
Caso Débora
A Primeira Turma do STF retoma nesta sexta-feira (25), no plenário virtual, o julgamento da cabeleireira Débora Rodrigues, condenada inicialmente a 14 anos por participar dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 e ser a autora da pixação na estátua “A Justiça” com a frase “Perdeu, mané”. O julgamento estava paralisado após o ministro Luiz Fux pedir vista. Ele tem sinalizado que pode rever a dosimetria da pena imputada à Débora.
Adeus
Marcado para este sábado (26) às 10h da manhã no horário de Roma, o enterro do Papa Francisco vai reunir centenas de líderes mundiais de todas as raças, gêneros, ideologias e doutrinas, além de milhares de pessoas que estarão presentes na solenidade fúnebre para prestar as últimas homenagens ao líder da Igreja Católica que morreu na manhã da última segunda-feira (21). Amanhã, todos os olhos e atenções estarão para a pequena cidade do Vaticano, que será palco de um grande acontecimento da história contemporânea mundial. Que Mário Jorge Bergoglio descanse em paz, na eternidade!
