Segurança pública
Ninguém duvida e as pesquisas estão aí para provar que a segurança pública é uma das principais preocupações da população brasileira, que se sente insegura e desprotegida em todos os cantos do país. O governo vem tentando avançar na pauta com projetos de lei mais duros no combate à criminalidade e, agentes políticos têm abraçado a temática para chamar de “sua” no processo eleitoral. Mas, no meio caminho, há pedras, muitas pedras.
Tiro pela culatra
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou um deputado licenciado, da oposição e pouco experiente nos assuntos do legislativos para relatar o principal projeto do Planalto para inibir o avanço do crime organizado: o PL Antifacção. Guilherme Derrite (PP-SP) chegou a apresentar quatro versões de relatório, que não tem agradado nem governo nem oposição.
Liderança em xeque
A habilidade política de Motta tem sido testada desde o primeiro dia em que assumiu a presidência do Parlamento, no início deste ano. E, amanhã (18), não será diferente com a previsão de votação do PL Antifacção em plenário. Há uma grande aposta e energia em torno desse ato, tanto por parte do Planalto, que espera aprovar a proposta, quanto por Motta, que realizou uma manobra arriscada ao nomear um desafeto do governo para relatar uma proposta do governo.
E Derrite?
Guilherme Derrite, que é secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo licenciado, o homem de confiança do governador Tarcísio de Freitas, parece mais perdido numa pauta, que, aparentemente dominava. Talvez por isso, a manobra de Motta e Tarcísio, que são do mesmo partido político, em escolhê-lo para ser protagonista de uma pauta, que é muito cara para a população brasileira e que terá grande apelo no processo eleitoral de 2026.
Críticas
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) não perdeu a oportunidade e, em dois posts em suas redes sociais, focando numa foto em que aparecem – jantando num restaurante em Brasília – o deputado federal cassado Eduardo Cunha (PRD-RJ), o ex-presidente da Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e o relator do PL Antifacção, Guilherme Derrite, afirmou que “combater o crime não é enfraquecer a PF; não proteger o patrimônio deles; não tomar aulas e; não jantar com eles”.
Quem é?
Renan Calheiros deixa nas entrelinhas uma crítica direta ao presidente da Câmara, Hugo Motta, mas sem citá-lo ao dizer, nesse post em suas redes, que o trio em questão dividem a mesma mesa na corte, mostrando quem manda e quem é o bobo da corte, ausente na foto….
De fato
Os trabalhos da CPI do Crime Organizado começam, oficialmente, nesta terça-feira (18), com os depoimentos do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e do diretor de Inteligência Policial da PF, Leandro Almada da Costa. Solicitados pelo relator da comissão, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a presença da cúpula da PF é de grande importância para que a CPI compreenda o atual diagnóstico sobre o poder das organizações criminosas, o grau de infiltração nos estados e o impacto das estruturas de lavagem de dinheiro que alimentam milícias, facções e redes de atuação transnacional.
Depoimentos
A CPMI do INSS ouve, hoje (17), o ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, e o empresário Thiago Schettini. Os dois são investigados na fraude que resultou em cerca de R$ 6,3 bilhões de recursos desviados de aposentados e pensionistas. Os trabalhos da comissão completam, amanhã, três meses e caminha para uma fase crucial das investigações: o núcleo político do esquema.
Flopou?!
Mais de um mês após a aposentadoria do então ministro do STF, Luís Roberto Barroso, a vaga em aberto ainda não foi preenchida e, todo aquele apelo e certeza em torno da indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao cargo pelo presidente Lula esfriou. Nos bastidores, há quem afirme que ele ainda é o favorito, mas o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), corre por fora. Quem leva?

