Torre de Babel
Hugo Motta, presidente da Câmara, está convicto de que o Marco Legal do combate ao crime organizado será votado nesta terça-feira (18) no plenário da casa, após dois adiamentos. Ele tomou a pauta da segurança pública para chamar de sua e nomeou um aliado para defender a matéria, que é a principal aposta do governo federal para estancar o avanço das facções criminosas. Mas, não contava com a inabilidade política de Guilherme Derrite (PP-SP), que patina entre tantas versões de relatórios.
Saia justa
Motta sabe que está numa saia justíssima com o Planalto e corre da sala para a cozinha para tentar reverter o estrago que a relatoria do PL Antifacção tem causado, desde que Derrite assumiu a matéria. Na reunião do Colégio de Líderes, marcada para a tarde de hoje, a votação do projeto de lei será o principal tema na mesa de negociações.
Frankenstein
Vendendo otimismo, nos bastidores o presidente da Câmara articula para emplacar a votação da proposta para hoje, nem que aconteça tarde da noite a exemplo de outras votações importantes para o governo. Já há um indicativo de que Derrite poderá apresentar um quinto relatório à matéria, uma vez que o texto não tem agradado nem governo nem oposição.
Trapalhadas
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), já defende a troca de relator diante de tantas trapalhadas em torno do relatório. Motta tenta salvá-lo, mas não porque Derrite é autoridade no assunto, mas para salvar a sua própria pele depois de uma aposta errada, que está lhe custando a sua habilidade e credibilidade política.
Articulações
Até segunda ordem, o PL Antifacção está na pauta de votação e assim deve permanecer. No entanto, reuniões que o presidente da Câmara terá ao longo do dia vai dar o termômetro e o sentimento sobre a votação, ou não.
Vice, não!
Pré-candidato à reeleição para mais 8 anos no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI) deixou claro que não aspira candidatura a vice-presidente em nenhuma chapa da direita. Ele fez questão de espantar as especulações e afirmou que seu projeto é continuar senador pelo Piauí. Inclusive, já disse pessoalmente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não tem esse desejo vice-presidencial.
Mais uma reforma
A reforma do Código Civil, que tramita no Senado, será tema de grande debate no evento Diálogos Brasil, que acontece amanhã (19) em Brasília com a presença dos senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Efraim Filho (União-PB), Tereza Cristina (PP-MS) e Sergio Moro (União-PR). Pacheco, que preside a comissão temporária que analisa a reforma abriu o projeto de lei 04/25 para emendas, cujo prazo expira em março do próximo ano.
Modernização
A proposta atualiza o Código Civil brasileiro, introduzindo mudanças em diversas áreas, como capacidade civil, direitos da personalidade, registro civil, responsabilidade civil e contratos. O texto argumenta que as mudanças têm a finalidade de modernizar a legislação, adequando-a a novos contextos sociais e tecnológicos, além de reforçar a proteção de direitos fundamentais e a segurança jurídica.
Impacto do clima
Pesquisa lançada na COP-30 revela que 82% dos entrevistados se dizem preocupados com as mudanças climáticas e 80% veem o fenômeno como um grande risco para a sociedade. No entanto, o senso de ameaça é mais forte no plano coletivo — 66% enxergam risco para sua comunidade — do que individual, onde o índice cai para 59%. Os números fazem parte do estudo “Cultura e Clima: Percepções e Práticas no Brasil”, realizado pelo C de Cultura e pela Outra Onda Conteúdo, com parceria técnica da PUC-RS.
Ação climática
A diretora-executiva do C de Cultura, Mariana Resegue, ressalta a importância de colocar a cultura no centro da ação climática para que a transformação seja possível. Pensamento compartilhado pelo diretor-fundador da Outra Onda Conteúdo, Eduardo Carvalho. Segundo ele, os resultados contribuem para futuras ações de governos nacionais, subnacionais, gestores culturais, além da indústria de entretenimento e fazedores de cultura nos mais diversos territórios.

