Vitória
Na briga de forças entre oposição, centrão e situação na Câmara dos Deputados, venceu a grande maioria que se ancorou no discurso de corte de gastos do governo federal para aprovar o requerimento de urgência de votação do decreto que aumenta a alíquota do IOF. Foram esmagadores 346 votos contra 97 contrários. Agora, a matéria pode ser votada em plenário a qualquer momento.
O momento
Esse momento pode ser hoje, a amanhã, semana que vem. Vai depender da nova etapa de negociação entre a casa legislativa e o governo federal. Melhor, vai depender do poder de articulação de ambos os lados. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu no final de semana com o presidente Lula e, dali, saíram alguns acertos, um deles é que o governo se comprometeu em criar uma agenda fiscal para ajustes e corte de despesas. Mas isso não acontece da noite para o dia.
Discurso comum
Deputados e senadores, principalmente os mais oposicionistas, se ancoram na fala do enxugamento das contas públicas. Os mais brandos, os governistas, reconhecem o inchaço da máquina e também criticam o Legislativo por contribuir com esse déficit quando não abre mão da redução de emendas parlamentares ou insiste em aumentar em mais 18 o número de deputados federais.
Soluções
Mas, entre as medidas que os dois lados concordam para que o governo comece a equilibrar as contas é a revisão de incentivos fiscais concedidos a diversos setores da economia. O posicionamento está tanto para a oposição quanto situação. Acontece que esse item se tornou um vespeiro que vai precisar de muita vontade e disposição política, não só do governo, mas também do Parlamento para que aconteça. Será se os nobres parlamentares vão para a linha de frente?
Ameaça?!
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que não é nada nesse sentido, mas, sim, em tom de análise ao afirmar, em entrevista à Folha de S. Paulo no final de semana que, um eventual presidente eleito apoiado por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), terá que se comprometer e cumprir um indulto a ele, caso seja preso condenado por tentativa de golpe de estado. “Será necessário garantir que o Supremo respeite os demais Poderes, sob risco de gerar um cenário que envolva o uso da força”. Ele também voltou a defender a anistia para os condenados do 8 de janeiro.
Quem se habilita?
Diante desse recado direto e condições, qual dos presidenciáveis bolsonaristas têm mais o perfil delineado pelo herdeiro de Bolsonaro? Tarcísio de Freitas? Ronaldo Caiado? Ratinho Jr? Romeu Zema? Michelle Bolsonaro? Ou seja, quem se eleger sob o guarda-chuva do bolsonarismo já chega num eventual mandato com uma dívida e um compromisso gigantesco.
Novos deputados
A Câmara dos Deputados recebe hoje (17) novos deputados federais, que irão tomar posse do mandato após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que retirou o mandato de sete deputados eleitos, cujos partidos não cumpriram a regra das sobras eleitorais. Os novatos são o ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); Tiago Dimas (Podemos-TO); Rafael Fera (Podemos-RO); Aline Gurgel (PP-AP); Paulo Lemos (PSOL-AP); André Abdon (PP-AP); e Professora Marcivania (PCdoB-AP).
Anarriê
O gabinete do senador Efraim Filho (União-PB) vai se “vestir” de caipira amanhã (18) para um mini arraial com os funcionários e os jornalistas setoristas que cobrem o Senado. No convite que está circulando fala de um café junino com delícias regionais, muita resenha e animação garantida.
Saúde pública
O deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) instala, hoje (17), a Frente Parlamentar pela Eliminação da Malária na Amazônia, evento que terá a presença do ministro da saúde, Alexandre Padilha. Além de parlamentares, o colegiado vai reunir pesquisadores, gestores e lideranças que atuam no combate a este grande mal que assola a região. O deputado reforça que a frente vai trabalhar com debates e estudos para espalhar informações “cientificamente embasadas que irão contribuir com a eliminação da malária no Brasil.”
Endividados
Relatório da Serasa divulgado ontem (16) confirma uma realidade crônica no Brasil: o endividamento das famílias brasileiras com bancos, seja por meio de financiamentos, empréstimos ou dívidas contraídas e não pagas. Pelo dados da empresa, 35 milhões de brasileiros somam 65 milhões de dívidas contraídas com diversos entes bancários. O cartão de crédito é o principal motivo de dívidas com o sistema bancário.