Caso concreto
A demissão do assessor número 1 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, ontem (20), mostra que entre todos os círculos sociais da vida, a lealdade é uma qualidade e uma ação muito estimada e valorizada. E foi justamente a falta dela que ocasionou a sua abrupta retirada do grupo político após vir à tona uma opinião dele em conversa com o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, em que rechaçam uma eventual candidatura presidencial de Michelle Bolsonaro.
Traição
O que mais deixou o clã Bolsonaro revoltado foi saber que os assessores mais próximos e a quem mais se confiava pendiam, um ladinho que fosse, para a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva. O áudio é de 2021, ou seja, 4 anos atrás quando se especulava que Lula viria candidato para contrapor uma eventual candidatura de Jair Bolsonaro. No diálogo, que veio à tona nos últimos dias em reportagem do portal UOL, os dois criticavam uma eventual candidatura de Michelle e, preferiam Lula a ela.
Ploft!
Michelle, óbvio, não gostou de saber da opinião crítica e até raivosa de assessores que frequentavam a intimidade do seu lar e sabiam tudo de suas vidas, sobre seu eventual desempenho político. Oficialmente, segundo apurado pela Coluna, a decisão de demitir Fábio Wajngarten partiu do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Mas, a verdade é que pesou e muito a ordem de Michelle Bolsonaro. A ex-primeira-dama e o partido não poderiam passar recibo para uma revelação desta envergadura. A polarização política que se criou nesse país não dá espaço para amadorismo.
Capital político
Este episódio ressurge num momento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro considera apostar em sua mulher como uma espécie de sucessora política e resolver em casa mesmo essa questão da disputa presidencial. Acontece que Bolsonaro não decide sozinho e, embora ainda seja um expoente dentro de seu grupo político, Bolsonaro tem em seu encalço presidenciáveis que estão no jogo, que já colocaram seu passe à venda e que sabem como manipular o xadrez político.
Ela tem força?
É a pergunta do milhão: Michelle Bolsonaro tem traquejo político para disputar o mais alto cargo do país, reunir todo o apoio convergente dentro de um amplo grupo político para um projeto único: derrotar Lula? Valdemar Costa Neto já opinou favoravelmente a essa pré-candidatura. Bolsonaro ainda reluta em reconhecê-la oficialmente e apostar num plano alternativo para a presidência da República. O tempo está correndo e, no frigir dos ovos, nenhum dos clã Bolsonaro está seguro de chegar como candidato ao Planalto em 2026.
Novos réus
Nove militares e um policial federal se tornaram réus ontem (20) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado de 2022. Eles fazem parte da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) de terem participado de uma trama golpista, que tinha como líder o então presidente Jair Bolsonaro. O julgamento da denúncia aconteceu na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, as ações penais incluem 31 réus.
Termômetro
Diante de uma plateia com 12 mil prefeitos, vereadores e secretários municipais, o presidente Lula pôde verificar o grau de sua popularidade pelo país: ao discursar na abertura da 26ª Marcha dos Prefeitos, que acontece em Brasília até amanhã (22), Lula foi recebido com um misto de vaias e aplausos. De um lado, prefeitos e vereadores da oposição, que aproveitaram a oportunidade; de outro, políticos aliados que também aproveitaram a oportunidade. Ambos os lados deixaram suas marcas e, reforçaram a dualidade e polaridade política que domina o país. 2026 realmente será uma incógnita.
Prevenção
Depois de 2 anos consecutivos de uma seca histórica, o governo do Amazonas já antecipa algumas ações de enfrentamento aos impactos das mudanças climáticas de forma a minimizar os efeitos do período seco, que tradicionalmente acontece no segundo semestre de cada ano e, também dos incêndios florestais. Investimentos de R$ 25 milhões, em sua grande maioria oriundos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, vão garantir novas viaturas e kits de combate a incêndios destinados a 16 municípios, além da capital amazonense. O governo também já recebeu parte dos R$ 45 milhões liberados pelo Fundo Amazônia para investir o desmatamento ilegal na região.
Lavagem de dinheiro
Três passageiros vindos de Manaus (AM) foram presos em flagrante, ontem (20), no Aeroporto Internacional de Brasília, após fiscalização de rotina detectar que eles transportavam a quantia que ultrapassa R$ 1,2 milhão em espécie, distribuídas em maços de R$ 200 dentro de várias malas. O grupo vai ser investigado pela Polícia Federal, que trabalha com a hipótese de crime de lavagem de dinheiro. A pergunta que não quer calar: qual a finalidade dessa quantia milionária na capital federal?! Como dizia uma personagem clássica de uma novela: “mistério!”.
