Xadrez eleitoral
A um ano das eleições gerais de 2026, o tabuleiro político se movimenta com fervor nos bastidores e as conjecturas, alianças, conversas e pesquisas se alinham para encontrar o cenário e a candidatura perfeita, com chances de vitória num segundo turno épico. Embora a direita bravateie de todos os lados que vai vencer o pleito, o grupo político ainda não tem, sequer, um candidato pré-oficial para chamar de seu.
Pré-candidatos
Por enquanto, cinco nomes já confirmaram suas pré-candidaturas ao Planalto: o presidente Lula, que afirmou que vai disputar a reeleição; os governadores Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (MG) e Eduardo Leite (RS); e o ex-deputado federal Cabo Daciolo, que é filiado ao Republicanos.
Querer, não é poder
A iniciativa de Daciolo em se autoproclamar presidenciável deve causar uma saia justa dentro do partido, uma vez que outro ilustre filiado vinha ensaiando um voo presidencial: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Mas diz um ditado que entre querer e poder há um grande caminho a ser percorrido.
Reflexivo
Depois dos estresses internos no grupo político bolsonarista, Tarcísio recuou do desejo “oculto” e agora trabalha o discurso de que deve disputar a reeleição do mandato no governo de São Paulo. Nas últimas semanas, inclusive, o governador se manteve mais recluso, absorto em seus pensamentos e nos inúmeros problemas que seu estado vem enfrentando.
Fraude
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), está convencido que diversas empresas de fachadas foram criadas para lavar o dinheiro que foi desviado da Previdência Social, no escândalo do roubo dos aposentados e pensionistas. E o pior, segundo ele, com a conivência de servidores públicos que trabalharam em vários governos.
Comparsas
Em sua análise, não se teria conseguido fazer tamanha fraude, bilionária, se não tivesse apoio político. “Houve apoio político, houve apoio jurídico por parte daqueles que deveriam zelar pela Previdência e não aconteceu. Dificilmente um rombo dessa natureza aconteceria sem a conivência de diversos servidores públicos”, reforça.
Equidade racial
A Rede MultiAtores MUDE com Elas lança os Compromissos MUDE com Elas, um documento que reúne sete compromissos concretos para empresas e organizações empregadoras que desejam promover ambientes de trabalho com mais equidade racial. A campanha de adesão começa junto ao lançamento e já conta com empresas embaixadoras comprometidas com a iniciativa.
Realidade
A ação surgiu para mudar um cenário que veio à tona com os dados da PNAD Contínua de 2024, em que 41,8% das jovens negras trabalham em condições informais, contra 32,8% das jovens brancas. No cuidado doméstico e familiar, a desigualdade é ainda mais acentuada: mais da metade das jovens negras entre 25 e 29 anos (51,9%) dedica, em média, 22 horas semanais a essas tarefas — quase o dobro do tempo gasto por jovens brancas.
Vem aí
Se o presidente Lula sancionar, a partir de 2026 o país terá uma nova data para celebrar: o Dia Nacional das Meninas fixado em 11 de outubro. A proposta, da deputada federal Soraya Santos (PL-RJ), foi aprovada ontem no plenário do Senado, com parecer favorável da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Prioridade
Para Damares, reforçar o apoio das meninas e jovens do Brasil é um compromisso com a oferta de serviços públicos essenciais a essa parcela da população, como educação pública de qualidade e proteção contra a violência e a exploração. “As meninas estão sob severos ataques no mundo . No Brasil, a violência contra as meninas é uma realidade. Uma a cada três meninas é abusada sexualmente no país. Temos de mudar essa realidade.”
