Imperador do mundo
Assim está sendo descrito o presidente americano Donald Trump não só no Brasil, mas em outras partes do Planeta onde, com suas medidas antieconômicas e com o desejo da supremacia estadunidense, está aplicando tarifas exorbitantes e usando da chantagem comercial para avançar em seus desejos.
Soberania
A aplicação da Lei Magnitsky contra uma autoridade brasileira, o ministro da corte máxima da Justiça nacional, Alexandre de Moraes, revela um autoritarismo desenfreado que coloca por terra a máxima de um país mais democrático do mundo: os Estados Unidos. A intransigência do presidente americano à soberania brasileira precisa ser freada, sob pena de o país ser surpreendido por mais uma decisão antidemocrática com interferência externa.
Morte financeira
Apontada por analistas como uma espécie de “morte financeira”, a Lei Magnitsky bloqueia todos os bens e interesses que o sancionado possa ter nos Estados Unidos ou em posse ou controle de cidadãos americanos. Além disso, quaisquer entidades que sejam de propriedade, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, de 50% ou mais também estão bloqueadas. A Coluna apurou que Moraes não possui bens ou quaisquer tipo de aplicações financeiras em solo americano.
Desagravo
Em uma nota emitida na noite de ontem (30), o STF saiu em defesa de Moraes. A Suprema Corte afirmou que o julgamento de crimes que implicam atentado grave à democracia brasileira é de exclusiva competência da Justiça do país e, que no âmbito da investigação foram encontrados indícios graves da prática destes crimes que envolvem um conjunto de pessoas, inclusive a um ex-presidente da República. “O Supremo Tribunal Federal não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país, que asseguram a todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo. O Tribunal manifesta solidariedade ao Ministro Alexandre de Moraes”, finaliza a nota
Brasil Soberano
Também em nota, assinada pelo advogado-geral da União, ministro Jorge Messias, a entidade ressalta a soberania do país e repudia o que chamou de intimidação do Poder Judiciário brasileiro por meio da sanção “arbitrária e injustificável, pelos EUA, das sanções econômicas previstas na Lei Magnitsky contra membro da magistratura nacional, representa um grave e inaceitável ataque à soberania do nosso país.”
Apoio
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também saiu em defesa de Moraes. Em post em suas redes sociais, o parlamentar ressaltou a democracia do Brasil, sustentada nos Três Poderes e afirmou que “como país soberano não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República”. Reafirmo que a Câmara dos Deputados será sempre espaço de diálogo e equilíbrio na defesa da institucionalidade e do Brasil, sobretudo em tempos desafiadores”, afirma.
Sem interferência
Políticos e autoridades de diversas matizes saíram em defesa de Moraes demonstrando repúdio à medida extrema adotada por um país estrangeiro a um cidadão brasileiro. O presidenciável e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), ressaltou a importância do ministro no contexto nacional e, embora com acertos e erros não se pode concordar que outro país tente interferir nas instituições brasileiras impondo sanções aos seus membros.
‘Nada a ver’
Ao ser questionado, ontem (30), por jornalistas na saída da sede do Partido Liberal, ex-presidente Jair Bolsonaro disse não ter nada a ver com as sanções impostas por Trump a Alexandre de Moraes, embora seu nome tenha sido citado por diversas vezes pelo presidente americano para justificar as sanções econômicas e políticas ao país e ao ministro do STF.
Regozijo
Assim se mostrou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao comentar sobre as sanções aplicadas a Moraes, motivo principal de ter “imigrado” para os Estados Unidos no início deste ano. Dos Estados Unidos, o parlamentar está realizando uma série de movimentos, visto como “conspiração”, que ferem a democracia brasileira e coloca em risco a soberania nacional. Nos bastidores, cresce a pressão para que a Câmara dos Deputados casse seu mandato imediatamente.
Unidade nacional
O ex-deputado federal Roberto Freire (Cidadania-PE) apelou ao presidente Lula que, neste momento conclame a todas as forças políticas nacionais que têm responsabilidade efetivas com o Brasil a formarem uma unidade nacional em defesa da soberania brasileira e de uma solução diplomática, com vistas a um amplo acordo para deter a “insensata escalada trumpista contra o Brasil.”
Diálogo
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu nota de repúdio às sanções dos Estados Unidos e manifestou sua solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. Em nota, a instituição afirmou que o Brasil, enquanto nação soberana, deve defender seus princípios democráticos, a autonomia de suas instituições e a dignidade de seus cidadãos. E que medidas como esta aplicada por Trump constituem uma afronta à soberania brasileira e aos valores democráticos que a entidade defende.
Nova data
Em um documento divulgado ontem (30), o presidente Donald Trump confirmou o tarifaço de 50% aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, mas postergou a vigência para a partir de 6 de agosto. Ele também retirou do tarifaço cerca de 694 produtos, como o suco de laranja, o petróleo, minérios, combustíveis e fertilizantes.