Termômetro
Hugo Motta (Republicanos-PB) falou grosso e garantiu que a votação do projeto de lei que isenta a cobrança do imposto de renda nos contracheques de quem ganha até R$ 5 mil será votado depois de amanhã. A votação já é consenso no Colégio de Líderes e, segundo o presidente da casa, o relatório de Arthur Lira (PP-AL) tem apoio de ampla maioria. Mas, entre querer e poder há um caminho a se percorrer. Essa votação será a chave para a Câmara se “reerguer” moralmente.
Expectativa
Prioridade zero para o governo, o projeto 1087/25, uma vez aprovado, começa a vigorar já em 2026 e deve atingir pelo menos 16 milhões de brasileiros que se encaixam nesse cenário. Além disso, a proposta ainda estende uma redução gradual do imposto para quem recebe até R$ 7.350. Realmente, será um grande benefício à população, como faz tempo que não se vê.
Justiça tributária
Entidades têm defendido há muito tempo essa correção no salário da população como uma forma de trazer mais equilíbrio financeiro e organização nos orçamentos familiares, como a Oxfam Brasil – que encabeça, inclusive, a campanha Justiça Tributária Já!. Essa também é a aposta do governo e da base governista no Congresso Nacional. Aprovar essa proposta não é uma questão de governo, mas de estado. A extinção do imposto em cima do salário da maior parte da população em idade produtiva mais a reforma tributária que está em curso é realmente, realizar uma revisão tributária que esse país precisa.
E por falar…
Nesse pacote da justiça tributária e fiscal, também está prevista para amanhã (30) a votação do relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM), no Senado, sobre o projeto de lei complementar 108/24, que cria o Comitê Gestor do IBS e sacramenta a segunda parte da regulamentação da reforma tributária no Brasil. As mudanças vão começar a ser aplicadas gradativamente, em forma de transição, a partir do próximo ano e, integralmente, a partir de 2033.
Cortina de fumaça
Há quem afirme, nos bastidores em Brasília, que esse racha que vem sendo exposto da direita no país não passa de um jogo de cena para que este grupo político possa endireitar as fileiras e retomar o espaço, que tem sido perdido neste ano após as ações anti-país que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem realizado direto dos Estados Unidos. A divisão interna foi trazida à tona pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), um expoente do Centrão e, dois dias depois, tentou minimizar a situação em post em suas redes sociais.
Aliança política
Ciro, que até protagonizou um embate virtual com o blogueiro Paulo Figueiredo no fim de semana, mudou de estratégia e afirmou ontem em suas redes sociais que, à revelia da “mídia chapa branca”, não há nenhuma intriga entre o centro e a direita e que, seguem unidos em 2026. Essa união, Ciro e outros integrantes do Centrão, fizeram questão de propagandear em seus perfis na internet mostrando um descontraído encontro numa casa noturna no Rio de Janeiro.
Articulação
Neste happy hour de final de semana também estava o relator do PL da Dosimetria (ex-anistia), o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que encontra dificuldades para fechar um texto final em torno da matéria. A oposição bolsonarista quer uma anistia geral, sem nenhuma penalidade aos vândalos dos 8 de janeiro de 2023. A base governista quer a penalidade em si. Os dois grupos políticos não concordam com a revisão de penas.
Quem é no jogo do bicho?
O deputado federal Sanderson (PL-RJ), um dos vice-líderes do partido na Câmara dos Deputados só faltou dizer essa frase ao se referir ao relator, Paulinho da Força, em entrevista concedida à Bandnews na semana passada. “Eu tô no meu segundo mandato, 4 anos, na outra, mais três, agora 7 anos, e eu nunca vi esse deputado Paulinho da Força dentro do da Câmara, nem comissão nem em plenário. Agora surge com esse sujeito que inclusive foi condenado por corrupção e absolvido depois pelo STF.”
Sem amparo
O liberal, que é contra a dosimetria das penas, afirmou que Paulinho da Força não tem legitimidade para relatar uma proposta dessa envergadura. Sanderson também criticou o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Michel Temer, que apareceram nessa discussão e propuseram a mudança do tom da proposta de lei. O parlamentar afirmou que o grupo tem votos suficientes para garantir a anistia ampla, geral e irrestrita.
Atleta
O presidente Lula foi a estrela da corrida e caminhada, ontem, na Esplanada dos Ministérios, que celebrou os 95 anos do Ministério da Educação. Ao lado da primeira-dama, Janja Lula, e dos ministros Camilo Santana (Educação), Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), o presidente completou o percurso e afirmou que “é por meio da educação que a gente vai tornar o Brasil Soberano”

